Sintra – a vila portuguesa dos palácios requintados!

É uma vila portuguesa pitoresca localizada no centro das colinas da Serra de Sintra.

Este clima ligeiramente mais fresco atraiu a nobreza portuguesa que construiu palácios requintados, residências extravagantes e jardins decorativos.

É importante destacar que para visitar Sintra você pode escolher a opção de pegar um trem (comboio em Portugal), fazer um tour de van por meio do hotel em que está hospedado (nesse caso verificar as opções), ou seguir o nosso exemplo: alugar um carro em Lisboa, sair cedo e ficar na vila histórica durante todo o dia. É imperdível!

Começo dizendo que estar em Sintra é se deparar com uma vila considerada por muitos viajantes e empresas de turismo como única no mundo.

A razão disso é que a vila é cheia de palácios coloridos e castelos, com ruas medievais e uma linda paisagem. Fica a apenas uma hora de Lisboa e a rodovia que liga as duas cidades é ótima.

Sintra é pequena em tamanho, mas grande em história.

Listada pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade, Sintra tem sua origem lá atrás no período neolítico (é possível ver escavações arqueológicas desse período da história quando você visita o Castelo dos Mouros seguindo pelo caminho mais longo e é feito a pé). A região passou pela Idade do Bronze, Império Romano, ocupação dos Mouros, reconquista, até o auge nos séculos XIX e XX, época da construção de seus palácios exóticos e belíssimos.

Localizada no alto de uma serra chamada de Serra de Sintra e na ponta de um cabo, o Cabo da Roca (que está em outro conteúdo), a vila portuguesa é privilegiada geograficamente.

Era um local excelente para proteção de invasores e funcionava como uma primeira barreira para quem tentasse chegar a Lisboa.

O visitante que chega a Sintra busca explorar os locais mais altos para contemplar verdes planícies que se espalham por quilômetros, ou se deliciar com a bela imagem do oceano Atlântico ao longe, emoldurando em tom de azul o horizonte.

O centro de Sintra é pitoresco e cheio de boas surpresas.

Casas em linda arquitetura, ruas estreitas e antigas, além de bons restaurantes.

Aliado a isso tem o fator de seus castelos e palácios estarem nas pontas mais altas da serra. O acesso é por ruas estreitas onde um carro passa por vez e em apenas um sentido. Isso indica que o mais inteligente a fazer é pegar um ônibus local (deixe seu veículo - se for alugado no centro histórico. Se tiver chegado de trem mesma coisa, vá até o centro histórico para o acesso aos pontos turísticos). São duas linhas de ônibus turístico:

• 434: Circuito da Pena (mais comum e contém as atrações mais famosas)

Palácio Nacional de Sintra, Castelo dos Mouros, Palácio da Pena, Retorno ao local de partida.

• 435: Villa Express 4 Palácios (passa pelas atrações menos conhecidas)

Palácio Nacional de Sintra, Quinta da Regaleira, Palácio de Seteais, Palácio de Monserrate.

Sintra tem muitas atrações!

Eu vou destacar alguns locais que fizemos, não todos, porque em razão das filas e o grande número de visitantes é praticamente impossível conhecer todos os locais apenas de uma vez. Então vamos lá:

Centro Histórico de Sintra: é um belo lugar para passar o dia inteiro.

É limpo, organizado, acolhedor, tem feirinha de rua, bons restaurantes (que você olha por fora e não dá nada, essa é a verdade e quando entra percebe a diferença).

Na vila tem a famosa Casa Piriquita que serve o famoso travesseiro, um doce de massa folheada e amêndoas. No Cantinho Gourmet tem a ginjinha (você encontra por muitos locais de Portugal), é um licor famoso servido em um copinho de chocolate.

Castelo dos Mouros: essa é uma das atrações mais conhecidas de Portugal.

Construído no século X pelos Mouros, tinha como objetivo ser um ponto de sentinela contra invasões, o que constatamos que funcionava mesmo. Isso porque lá de cima você enxerga toda a região ao seu redor com planícies intermináveis.

Hoje de lá é possível ver a vila de Sintra lá embaixo e o colorido Palácio da Pena ao longe.

Essa é uma visita para se fazer com tempo. Como disse, sugiro percorrer o caminho mais longo que é feito a pé. Além de ser uma volta no tempo, o caminho é cercado de muita natureza, com mata fechada e o silêncio típico dos locais mais afastados.

Enquanto caminhava me perguntei várias vezes como foi construído, o acesso devia ser terrível e as pedras que muram e erguem o castelo chegaram até lá em cima como? São perguntas que nunca teremos a real resposta.

É por este sinuoso caminho de acesso a entrada principal do castelo que vemos locais de escavações arqueológicas com ossadas e utensílios do passado histórico da região.

O Castelo dos Mouros hoje está em ruínas, mas como complexo turístico oferece um acervo de opções para visitar. No local tem tumbas da época dos mouros, artefatos domésticos de porcelana, altar religioso e muito mais.

Palácio da Pena: esse palácio é com certeza a construção mais exótica de Sintra.

De longe é possível ver sua arquitetura colorida de cores fortes e marcantes.

A construção foi projetada pelo rei D. Fernando II no século XIX para ser um exemplar da arquitetura romântica, embora tenha influências árabes, góticas e manuelinas.

Cada aposento do palácio te pede uma foto diferente pela infinidade de cores e formatos ali apresentados.

A construção tem um espaço de visitação para o visitante conhecer os aposentos da realeza com sala de trabalho da rainha, quartos, móveis da época, como era o banheiro e muito mais. Esse é um local que é proibido tirar fotos (e esta norma não é brincadeira, nós vimos um turista por pouco não ser retirado pela equipe de segurança - que se mistura à paisana junto aos grupos), então é bom respeitar.

Para visitar o Palácio da Pena tem dois caminhos: o mais curto com acesso direto aos portões e o mais longo (que fizemos), conta com um lindíssimo passeio por entre o enorme jardim que fica aos pés do morro do palácio.

Nele, você passa por lagos, grutas, construções antigas, muito verde e claro, uma subida que exige um pouquinho de preparo físico. Vale o esforço.

Dica:

Para o passeio em Sintra você precisa levar dinheiro para as visitas, translado de ônibus, feirinha popular e os restaurantes. Sugiro levar de 30 a 50 EUR para não passar aperto. A estrutura da cidade conta com as facilidades de pagamento (cartão de crédito) que você encontra em qualquer cidade média do mundo.